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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Mosaico da lua - 6 videos

A imagem abaixo foi gerada através da captura de 6 videos de 1000 frames cada, utilizando uma câmera QHY5LII monocromática em conjunto com um C8-SGT mais redutor focal F/6,3. A captura não foi feita de forma adequada, o tempo de exposição foi maior que o necessário, o que resultou em perda de detalhes das áreas mais iluminadas da superfície lunar. Porém através da imagem gerada é possível identificar uma grande gama de detalhes da superfície:

Mares lunares: São as regiões mais escuras da na imagem, são chamadas de mares devido a semelhança com os mares terrestres quando observadas por equipamentos modestos como eram os utilizados pelos primeiros astrônomos. Tais regiões são na verdade extensas planícies basálticas (formadas de lava) que devido sua forma plana e ao baixo grau de reflexão do basalto (cerca de 6%) apresentam coloração escura em contraste com os continentes que são constituídos por rochas mais claras. Dentre os principais mares destacam-se o Imbrium, Serenitaris, Crisium (Circulares) e Procellarum (irregular).

Montanhas: É possível identificar as montanhas lunares, que são bem similares as encontradas na terra, que podem ser vistas isoladas ou em cadeias como é o caso dos montes Apenninus.

Crateras: Obviamente são as crateras que mais chamam a atenção na imagem abaixo. A maioria dessas crateras são crateras de impacto, resultantes das colisões de objetos (asteroides, cometas ...) com a superfície da Lua. Esses objetos atingiram e ainda atingem a Lua, como ocorrido em 17 de março de 2013, quando um objeto atingiu a superfície lunar na região do Mare Imbrium a uma velocidade de 90 mil km/h, gerando uma explosão equivalente a 5 toneladas de TNT que criou uma cratera de 20 metros de largura. Dentre as principais crateras vistas na imagem, estão Tycho, Copérnico e Kepler.


A mesma imagem em negativo, onde os detalhes ficam mais evidentes:




segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Teste câmera QHY5L II monocramatica para céu profundo

Este é o meu primeiro teste utilizando a câmera planetária QHY5L II monocromática para imagem de céu profundo. Para esse teste foi utilizado um telescópio Celetron C8 (8 polegadas) com redutor focal F/6,3 em uma montagem HEQ5 sem guiagem. Foram feitas 300 exposições de 10 segundos cada. Para um primeiro teste o resultado foi bem satisfatório e acredito que com um pouco mais de "capricho" e um kit de filtros LRGB será possível alcançar resultados bem impressionantes com esta pequena câmera. Apesar do resultado parecer animador, ainda assim os alvos a serem fotografados sempre serão restritos a objetos de campo pequeno ou detalhes em objetos com campo mais amplo.


Mesma imagem colorida a partir de um registro do mesmo objeto com o mesmo setup, porém utilizando uma Nikon D5000 como câmera de imagem: